Uma análise à luz junguiana sobre como a necropolítica pode ser impulsionada pela pandemia de covid-19 no Brasil


Na história recente do Brasil, passamos por um período de muito contrastes entre posicionamentos opostos e conflitantes, que expuseram luzes e sombras, desde pessoas a instituições e coletivos, e, para além disso, evidenciaram mortes. No ano de 2018, período de campanha eleitoral, vimos “guerras virtuais” sendo travadas e reverberando nas ruas. Após as eleições, posicionamentos que contrastam luzes e sombras continuam aparecendo, porém, as consequências de tais posicionamentos também. Passados quatro anos, números que derivam de fatos agora são evidentes, e, no meio do caminho, tais escolhas políticas encontraram um vírus, o Covid-19, que impulsionou os planos de necropolitica.

Mais a diante, vou discorrer sobre a necropolitica através de um prisma que encontra fundamentos nas bases da psicologia junguiana. Porém, antes preciso expor alguns dados e conceitos para depois evidenciar tais relações. Peço calma ao leitor que se encontra interessado nas obras de C. G. Jung, elas estarão disponíveis mais à frente nesse artigo. Por ora, atenho-me a elencar os fatos[1] para os quais quero voltar-lhes a atenção:

1º) Hoje, dia 25 de junho de 2022, já ultrapassamos 670 mil mortes pelo vírus da Covid, de acordo com os números oficiais encontrados nos dados do governo. Estamos em terceiro lugar em contaminação e segundo lugar de mortes no raking mudial, conforme os dados da OMS;

2º) A vacinação no Brasil foi iniciada no dia 17 de janeiro de 2021, já haviam sido criadas e aprovadas várias vacinas de diversos países. Mas, até a então data, o atual governo havia recusado 11 ofertas, registradas oficialmente, de compra de vacina;

3º) A primeira morte registrada oficialmente no Brasil por Covid-19 foi de uma faxineira chamada Rosana Urbano. Ela tinha 57 anos e trabalhava para uma família de classe abastada em São Paulo, que ao voltarem de sua viagem para o exterior estavam infectados e ainda assintomáticos e transmitiram para ela o vírus;

4º) A primeira contaminação indígena registrada foi de uma mulher da etnia Kokama, infectada, ironicamente, pelo contato com um médico da SESAI (Secretaria Especial de Saúde Indígena), que estava a trabalho na tribo mas havia acabado de voltar de suas férias contaminado, também no exterior;

5º) As internações por Covid-19 tem os mesmos números pessoas brancas e pretas, mas no último grupo, pessoas pretas, morrem 40% mais vezes. Quando se trata de pessoas sem escolaridade a porcentagem de morte é 71,3% maios. E pessoas indígenas morrem 16% mais vezes que as estatísticas da população brasileira não indígena;

6º) Durante a gestão do governo atual o Brasil se tornou o 4º pais com a maior taxa de desempregados do mundo, enquanto isso a inflação aumentou quase 11% no ano de 2021, nos colocando em 3º lugar mundial no ranking de inflação;

7º) A fome no Brasil apresenta o alarmante número de 19 milhões de pessoas, e 116 milhões em situação de insegurança alimentar, ou seja, sem ter certeza se terão comida para os próximos dias;

8º) Em 2021, período da pandemia de Covid-19, 21 novos brasileiros entraram para o ranking dos bilionários da lista forbes. Outros 45 nomes bilionários já estavam nessa lista, somando então um total de 67 brasileiros;

Diante de tantos fatos, é necessário que nos questionemos sobre a discrepância de tais números. O que tem acontecido nas políticas brasileiras, no cuidado com sua nação? A crise econômica durante a pandemia de Coivd-19 aconteceu para quem? Por que o número de mortes entre diferentes grupos populacionais é tão distante? E, o que a psicologia junguiana tem a ver com isso? Nas próximas linhas me arriscarei a refletir sobre tais perguntas, propondo alguns vieses que não se pretendem únicos.

Mas aproveito para responder, de prontidão, a ultima pergunta: tudo. Viver e morrer são atos políticos, consequentemente tudo que acontece no caminho entre esses dois pontos, como alimentação, moradia, trabalho, educação, saúde... também o é. E, desde o nascimento até a morte, o que chamamos de vida, todos os seus afetos e afetamentos é objeto de estudo da psicologia. Impreterivelmente, o que acontece em um pais afeta diretamente a vida de sua população, seja para alegrias ou sofrimentos. E é na clínica um dos lugares onde reverberam tantos desdobramentos. Portanto, bem como a vida, morte e tudo que acontece entre os dois extremos, a psicologia também é política.

Estamos em um momento onde a produção de mortes é evidente aliada das políticas do Estado, mas os corpos que estão marcados para morrer são pontuais, não são aleatórios. Quando o governo recusa 11 ofertas de compras de vacinas (fato 2) consequentemente atesta que uma parte da população continuará morrendo. E considerando a superlotação dos hospitais e UTIs, é possível sabermos que população fora marcada para morrer, mas, caso haja dúvidas, é só retornar ao fato número 5.  Achille Mbembe traduz essa política de produção de mortes e não manutenção da vida como necropolítica. Conceito posterior a morte de Jung, mas que pode ser relacionado com a teoria junguiana nos contextos atuais, pontos que serão expostos mais adiante, por ora, faz-se necessário entendermos, primeiramente, o que é necropolítica.

Segundo Mbembe, é uma via pela qual o Estado controla a vida e corpos das pessoas, decidindo quem pode/deve morrer, criando não apenas condições para a vida, mas também para a morte, gestando os corpos da população:

 

 “A expressão máxima da soberania reside, em grande medida, no poder e na capacidade de ditar quem pode viver e quem deve morrer. Por isso, matar ou deixar viver constituem os limites da soberania, seus atributos fundamentais. Ser soberano é exercer controle sobre a mortalidade e definir a vida como a implantação e manifestação de poder (2016, p.5).”

 

Tais políticas de morte não se fazem apenas pautadas em armas de fogo, mas também criando lugares onde determinados grupos vivem com o mínimo possível, literalmente, a ponto de tornar-se sutil a distinção entre a vida e a morte. Ainda para Mbembe, o racismo de estado é o que define quem faz parte desses grupos de corpos matáveis. Isso quer dizer na prática, que, se compararmos os dados expostos anteriormente com muitas falas proferidas em rede nacional pelo atual presidente da república como: “eu não sou coveiro” ou “e daí, lamento, quer que eu faça o que?”, entre tantas outras, podemos observar o plano de necropolitica desse governo exposto diante de nossos olhos. Existem corpos que importam apenas pelo seu valor mercantil, outros não tem esse valor, sendo assim, podem e/ou devem morrer.

E como se caracteriza a escolha desses “corpos”? Mbembe volta-se a questões pautadas no sistema capitalista e mercantil, geralmente caracterizadas como minorias (mesmo que em termos numéricos não necessariamente o sejam). Contudo, partindo por uma veia junguiana, conseguimos tecer relações, sem excluir as questões anteriores, onde essa escolha acontece também a partir do momento que eu classifico alguém como “outra/o”. Algo que é diferente de mim, muitas vezes classificando dessa forma com base em complexos, pessoais e culturais. E, quando a isso Jung aponta que:

 

 “As diferenças psíquicas não são consideradas simples curiosidades ou como algo encantador, mas como algo desagradável, difícil de suportar ou insuportável, como algo errado e condenável. O ser outro funciona como perturbação da ordem mundial, como erro que deve ser afastado o mais rápido possível ou como delito que é preciso punir. (2013, p.146)”.

 

Para corroborar com o exposto, basta lembrar quão comum é nos ofendemos ou sentimos raiva quando alguém não compartilha das mesmas convicções que possuo. No olhar macrossocial, na história da humanidade, a prova se mostra no número de perseguições, conversões e massacres que são impostas a pessoas “diferentes” do dominador. Validadas pela projeção, que muitas vezes assume a forma de complexo autônomo na psique, tornando a/o outra/o receptáculo de conteúdos que desejo negar em mim, ou que desejo a mim. Sobre isto, Jung ainda diz que:

 

“Como o eu não tem consciência destes complexos, os quais, por isto mesmo, são-lhe estranhos, eles aparecem primeiramente sob forma projetada. (...) As ideias de perseguição, como sabemos, estão ligadas frequentemente a determinadas pessoas em que o paciente projeta as qualidades de seu próprio complexo inconsciente. Ele considera estas pessoas como inimigas, porque seu eu é hostil ao complexo inconsciente (...). Vemos este fenômeno se repetir constantemente em nossa vida quotidiana: encontramos indivíduos que não hesitam o mínimo em projetar suas próprias opiniões sobre pessoas e coisas, odiando-as ou amando-as com a mesma facilidade. Como a análise e a reflexão são processos complicados e difíceis, eles preferem julgar tranquilamente, sem se dar conta de que simplesmente estão projetando algo que trazem dentro de si e deste modo não percebem que são vítimas de uma estúpida ilusão. Não se apercebem da injustiça e da falta de amor que tal procedimento implica, e sobretudo não consideram a grave perda de personalidade que eles sofrem, quando, por mero desleixo, permitem-se ao luxo de transferir seus próprios erros ou méritos para outros. Sob qualquer aspecto, é extremamente inconveniente pensarmos que os outros são tão estúpidos e tão inferiores quanto nós próprios, e deveríamos tomar consciência do dano que causamos, transferindo espontaneamente nossas próprias boas qualidades para salteadores morais, sempre ávidos de novas presas (2013, pp. 260-161).”

 

Aqui, Jung discorre a respeito do funcionamento da psique de uma pessoa, mas, a mesma explicação pode ser aplicada a massas que assumem posicionamentos específicos. Quando nos pautamos nos dias atuais para “descobrir” quem é esse outro apontado pela necropolítica. Podemos nos basear, para além das evidencias estatísticas de mortes e assassinatos, nas escolhas dos representantes legais, mais um ponto do reflexo social que evidencia quem é o outro. Por exemplo, no Brasil, o atual presidente foi eleito democraticamente, ou seja, quer dizer que a maior parte das pessoas concordaram com as condutas apresentadas pelo candidato no período eleitoral e, portanto, votaram para sua eleição. Ou seja, uma massa de pessoas deu prestigio social a essa figura, vulgo presidente, e em contrapartida a figura usou “da vontade de submissão da massa como veículo (JUNG, 2015. p. 39)”.

Portanto, a partir da projeção, que pode se dar tanto a pessoas que admiro quanto a pessoas que desprezo, é que consequentemente ativam, ou em termos junguianos constelam[2] complexos. Em definição, complexos são cargas afetivas especificas e, quando acionados por algum fator externo, na pessoa em questão, vão de encontro a pontos vulneráveis, subjetivos. Tais pontos subjetivos são o que fazem com que pessoas se identifiquem entre sim a ponto de formarem uma massa que encontra figuras para serem seus receptáculos, tanto de ódio quanto de amor.

Os complexos encontram-se na psique pessoal, mas tem ruas raízes na coletividade. Isso quer dizer, por exemplo, que todos nós temos um complexo referente a “justiça”, mas, esse complexo não é o mesmo entre pessoas, entre eu e você. Basta observamos as diferentes culturas de diferentes povos, ou até mesmo afunilar para as diferenças culturais entre centro e periferia de uma mesma cidade. Consequentemente, o estimulo que constela esse complexo de “justiça” não será o mesmo em cada um dos lugares.

Citando um caso: algumas pessoas concordam com o discurso do atual presidente da república quando o mesmo diz que: “Somos um país cristão. Não existe essa historinha de Estado laico, não. O Estado é cristão. Vamos fazer o Brasil para as maiorias. As minorias têm que se curvar às maiorias. As minorias se adequam ou simplesmente desaparecem”. Enquanto outras pessoas (felizmente) veem como absurdo tal discurso.

Portanto, apesar de complexos serem subjetivos, existe algo de coletivo em suas raízes, que faz com que nos identifiquemos a algo, como um complexo expresso por uma ideia política, por exemplo. Inclusive, a ponto de mergulhar e perder as fronteiras de si mesmo, como membros de sociedades que dedicam suas vidas a perseguir e espalhar ideais de ódio referentes a outros grupos, como a Ku Klux Klan, ou pessoas matam travestis nas ruas, entre tantos outros casos extremistas que aparecem em reportagens no cotidiano. Para elucidar, Jung pontua que:

 

“Todos os instintos básicos e formas fundamentais do pensamento e do sentimento são coletivos. Tudo que os homens concordam em considerar como geral é coletivo, sendo também coletivo o que todos compreendem, o que existe, o que todos dizem e fazem. Observando com atenção, sempre nos admiramos com o que há de coletivo na nossa assim chamada psicologia individual. É de tal ordem, que o indivíduo pode desaparecer por completo atrás desse aspecto. (2015. p.43)

 

Voltando ao contexto brasileiro, quem é outro? Mais especificamente, quem é o outro que poderia morrer e morreu durante a pandemia de Covid-19? Os dados expostos nas primeiras linhas desse artigo, e outros tantos que podem ser facilmente encontrados, em fontes oficiais e confiáveis (certificando-se de que não são fake news), através de breves pesquisas na internet, juntamente com o atual representante do Estado e suas atitudes, apontam claramente para quem é a/o outro.

 Nós, brasileiros, estamos passando por uma grave crise econômica, apontado no fato 6. Que tem reverberado majoritariamente na população pobre, uma vez que a fome e o desemprego aumentam a cada dia, junto com o número de mortos, fato número 7. O poder de compra dessas populações tem diminuído cada dia mais, e o Estado não tem criado estratégias para viabilizar a vida dessas pessoas, configurando assim a necropolítica que falamos no início.

Mas, em contrapartida, existe uma porcentagem muito pequena da população que entrou para o ranking de novos bilionários (fato 8), então, a crise não se aplica a essas pessoas? Como foi possível que em meio a tantos ditos problemas pela mídia no cenário econômico uma parcela ínfima continuasse a enriquecer? Visto que o poder de compra da população em sua esmagadora maioria diminuiu consideravelmente, em cima de que, ou melhor, de quem, tal grupo seleto lucrou? Se cada vez mais, pessoas pobres vendem sua força de trabalho a troca do mínimo possível para se manterem vivas, e aos seus, então pessoas que compram essa mão de obra tem pago cada vez menos. No final das contas, alguém lucra em um dos extremos dessa balança.

O vírus não tem a capacidade de escolher, a partir da renda, quem irá infectar. Então, por quê a porcentagem do número de mortos (fato 3) é sempre maior em populações de “minorias” ou que sofrem preconceito histórico, se comparado a pessoas brancas e/ou de classe média ou alta? Não é no mínimo estranho pensar que a primeira morte por Covid-19 no Brasil foi da “faxineira” da família rica (fato 4), e não de um dos membros? Será que essas pessoas foram tratadas nos mesmos lugares com os mesmos recursos? Não é, no mínimo irônico que a mulher indígena tenha sido contaminada pelo médico branco, que estava em viagem de férias para o exterior (fato 5), tal como a família que contaminou a faxineira? Será que a vida de alguma dessas pessoas valia mais? Quem decidiu o valor de cada vida?

É fato que é papel dos governantes protegerem as populações de seu pais mediante riscos coletivos - o vírus, a fome e o desemprego - são situações que requerem medidas do Estado. Mas os posicionamentos e medidas sanitárias assumidos pelo atual presidente apontam para o caminho oposto. Discursos racistas, machistas e preconceituosos no geral, são proferidos, e ainda encontram apoiadores e até mesmo idolatras, que se veem representados por tal figura. Houve a demora em vacinar a população, a ponto de representantes estaduais e municipais precisaram tomar as rédeas da situação, sem direcionamentos do poder federal. Aliás, houve estímulos do presidente a respeito de minimizar os ricos da Covid-19 e o uso de medicamentos não comprovados cientificamente. Portanto, olhos se fecham para a necropolítica dirigida ao outro: pobre, preta/o, indígena, que não gerava lucro ao mercado.

Enquanto isso, pessoas que não eram consideradas “outras” mas sim iguais, viviam também no caos pandêmico, preocupadas com a saúde e integridade física de si e dos seus. Uma parcela dessa população talvez não se preocupou em questionar e até mesmo pressionar o Estado, a respeito da segurança dos ditos outros. Prevalecendo a consciência individual, ou quase que um “salve-se quem puder”, portanto, não tendo espaço para um senso de coletividade ou empatia. E Jung pontua o quanto é avassalador tal efeito:

 

“A humanidade experimentou inúmeras vezes, tanto individualmente quanto como coletividade, que a consciência individual significa separação e inimizade. No individuo, o tempo de dissociação é tempo de doença, o mesmo acontecendo na vida dos povos. Não podemos negar que a nossa época é um tempo de dissociação e doença. As condições políticas e sociais, a fragmentação religiosa e filosófica, a arte e psicologia modernas, tudo dá a entender a mesma coisa. Será que existe alguém, mesmo tendo só um pouquinho de sentimento de responsabilidade, que se sinta bem com este estado de coisa? Se formos honestos, temos que reconhecer que ninguém mais se sente totalmente bem no mundo atual; aliás o mal-estar vai aumentando (JUNG, 2013. p.151).”

 

Existe uma urgência em se olhar para a forma como estamos levando o rumo do mundo, é sabido que o modelo atual de existência não tem capacidade de se sustentar a longo prazo. Mais urgente ainda é olhar para esse extermínio do outro, pois os números só aumentam. E, só conseguiremos acolher e conviver em paz no mundo físico se nos voltarmos a entender quem é o outro em mim. Pautado em que complexos culturais estão meus preconceitos a respeito do outro que quero exterminar, ou que fecho os olhos para o extermínio. É importante nos questionarmos de que forma isso que vejo de ruim, e projeto no outro, habita em mim. E traçar soluções de como posso transformar essa questão, esse preconceito, para não culpabilizar alguém que está lá fora recebendo o reflexo de algo que habita em mim, no meu amago, e que muitas vezes dói olhar e assumir.

Em situações como essa, é necessário reconhecer em que lugar estamos: se somos o “outro” ou se temos privilégios em relação a alguns grupos de pessoas. E, reconhecer esse lugar, dependendo de seu posicionamento, implica também reconhecer que talvez o sofrimento e morte do outro possa ter me beneficiado de alguma forma, mesmo que indiretamente (é bom nos atentarmos para o fato 8). E, a partir do momento que assumo tal posição preciso também questionar-me se gostaria de continuar nesse lugar. Se a resposta vai em direção a um desejo de mudança, é importante então questionar como isso se dará. E é no passo inicial que muitas vezes implica abrir mão de privilégios e confortos conquistados as custas da/o outra/o.

 

REFERENCIAS

 Livros:

 JUNG, Carl Gustav. A natureza da psique. 10. ed. Petrópolis, RJ; Vozes, 2013.

JUNG, Carl Gustav. Civilização em transição. 6. ed. Petrópolis, RJ; Vozes, 2013.

JUNG, Carl Gustav. O eu e o inconsciente. 27. ed. Petrópolis, RJ; Vozes, 2015.

Mbembe, A. (2016) Necropolítica. Revista Arte & Ensaios, n. 32, p. 122-151.

Reportagens:

Bolsonaro em 25 frases polêmicas. Carta Capital. 29/10/2028. Http://www.cartacapital.com.br/politica/bolsonaro-em-25-frases-polemicas/ acessado em 09/04/2022 as 10h40

Brasil tem 4ª maior taxa de desemprego entre principais economias do mundo. ANDES. 24/09/2021. Https://www.andes.org.br/conteudos/noticia/brasil-tem-4a-maior-taxa-de-desemprego-entre-principais-economias-do-mundo1 acessado em 29/03/2022 as 7h40

Como Bolsonaro atacou e atrasou a vacinação na pandemia. Nexo. 21/03/2021. Https://www.nexojornal.com.br/expresso/2021/03/21/Como-Bolsonaro-atacou-e-atrasou-a-vacina%C3%A7%C3%A3o-na-pandemia

COVID-19 e os povos indígenas - Desafios da Saúde Indígena. ISA. 25/03/2021. Https://covid19.socioambiental.org/ acessado em 29/03/2022 as 7h10

Covid no Brasil. Ministério da saúde. https://infoms.saude.gov.br/extensions/covid-19_html/covid-19_html.html acessado em 01/04/2022 as 7h

Frases de Bolsonaro, o candidato que despreza as minorias. Isto é. 24/09/2018. https://istoe.com.br/frases-de-bolsonaro-o-candidato-que-despreza-as-minorias/ acessado em 29/03/2022 as 8h.

Há um ano primeira morte por Covid no Brasil ocorria em um mundo sem mascaras. Folha de São Paulo. 12/03/2021. Https://www1.folha.uol.com.br/equilibrioesaude/2021/03/ha-um-ano-primeira-morte-por-covid-no-brasil-ocorria-em-mundo-sem-mascaras.shtml acessado em 29/03/2022 as 6h30

Inflação no Brasil é a 3ª maior em ranking. Istoé. 13/01/2021. https://www.istoedinheiro.com.br/inflacao-no-brasil-e-a-3a-maior-em-ranking/ acessado em 29/03/2022 as 8h

O Sistema alimentar global amadurece para mudanças. The Nature Conservancy. 10/09/2020. Https://www.tnc.org.br/conecte-se/comunicacao/artigos-e-estudos/o-sistema-alimentar-global-pode-mudar/?gclid=Cj0KCQiAu62QBhC7ARIsALXijXRBxU-Moc5L3TQS7Ec4zkJL79Tv3Or1cY9ztWmmquigyprtG-rzAkgaAm_aEALw_wcB acessado em 29/03/2022 as 6h40

Por que o coronavírus mata mais as pessoas negras e pobres no Brasil e no mundo. BBC. 12/06/2020. Https://www.bbc.com/portuguese/brasil-53338421 acessado em 29/03/2022 as 7h

Quem são os brasileiros no ranking dos bilionários do mundo. Forbes. 06/04/2021. Https://forbes.com.br/forbes-money/2021/04/quem-sao-os-brasileiros-no-ranking-dos-bilionarios-do-mundo-2021/ acessado em 29/03/2022 as 6h19

Rejeição de 70 milhões de doses da Pfizer por gestão Bolsonaro será novo foco da CPI da Covid. BBC. 09/03/2021. Https://www.bbc.com/portuguese/brasil-57018138 acessado em 29/03/2022 as 7h20

Vacinação contra a Covid-19 no Brasil completa um ano. Fiocruz. 18/01/2022. https://portal.fiocruz.br/noticia/vacinacao-contra-covid-19-no-brasil-completa-um-ano acessado em 29/03/2022 as 7h40



[1] Todos os fatos expostos têm as devidas referências, com link de acesso as reportagens ao final do artigo.

[2] Jung define o termo “constelação” e explica de que forma ela está ligada a expressão de complexos na psique: “este termo exprime o fato de que a situação exterior desencadeia um processo psíquico que consiste na aglutinação e na atualização de determinados conteúdos. A expressão “está constelado” indica que o indivíduo adotou uma atitude preparatória e de expectativa, com base na qual reagirá de forma inteiramente definida. A constelação é um processo automático que ninguém pode deter por própria vontade. Esses conteúdos constelados são determinados complexos que possuem energia específica própria. Quando a experiência em questão é a de associações, os complexos em geral influenciam seu curso em alto grau, provocando reações perturbadas, ou provocam, para as dissimular, um determinado modo de reação que se pode notar, todavia, pelo fato de não mais corresponderem ao sentido da palavra-estímulo (2013, p.41).”


Alethéia Skowronski Vedovati

https://blog.ijep.com.br/uma-analise-a-luz-junguiana-sobre-como-a-necropolitica-pode-ser-impulsionada-pela-pandemia-de-covid-19-no-brasil/

Comentários

Postagens mais visitadas deste blog

A música na clínica junguiana

O Brasil e seu mito de origem - a padroeira refletida no cenário político atual

Mergulhos entre guerrilhas: modos de viver em disputa no período pandêmico