Mergulhos entre guerrilhas: modos de viver em disputa no período pandêmico
Esse é o titulo da minha monografia do mestrado em psicologia social, concluído em 2022 pela Universidade Estadual de Londrina (UEL).
E aqui está o link para sua leitura na integra: https://drive.google.com/file/d/1FtMEoDkeTzpMHoAGH_rwH12CFWecELnu/view?usp=sharing
Agradeço a minha querida orientadora Flávia Carvalhaes por todo apoio.
RESUMO
Desde as primeiras notícias sobre sua incidência, a pandemia da COVID-19 vem se articulando como fronteira, fazendo com que antigas e novas problemáticas sociais se intensifiquem, se atualizem e atuem em guerrilha. Diante desse cenário, esta pesquisa/mergulho em andamento articula uma investigação crítica sobre modos de vidas e concepções de saúde pautados em racionalidades coloniais, nomeados aqui como Viver Bem, que coexistem em disputa com vieses plurais e que se tecem em aliança às perspectivas do Bem Viver indígena. A partir do diálogo, sobretudo com epistemologias do Sul, percorro trilhas metodológicas articuladas aos pressupostos da pesquisa qualitativa e da análise documental. Problematizarei, mais especificamente, a produção de sentidos sobre saúde e vida que vêm se articulando por povos indígenas desde o início da pandemia da COVID-19 no Brasil, com o primeiro caso notificado em março de 2020. Para tanto, a análise percorrerá pronunciamentos que circularam em mídias sociais, como sites e redes sociais oficiais de articulações indígenas, bem como vídeos, textos e entrevistas publicadas. O texto está dividido em quatro mergulhos. Inicialmente, decido molhar meus pés e anunciar objetivos, justificativa e parte dos pressupostos teóricos, políticos e metodológicos dessa investigação. Em seguida, mergulho em águas que se contaminaram e problematizo a noção de Viver Bem e suas respectivas concepções de saúde como produções coloniais. Na continuidade, na tentativa de encontrar ar, analiso perspectivas indígenas de Bem Viver e parte de suas concepções de saúde. O último mergulho propõe uma análise crítica de sentidos produzidos sobre saúde e vida por povos indígenas no Brasil desde a constatação da pandemia da COVID-19. Na conclusão, provisoriamente, assinalo os perigos da xawara, anunciada pelo pesquisador Davi Kopewana, e a importância de nos unirmos aos Yanomamis na luta para segurar o céu.
Palavras-chave: Pandemia; Fronteira; Guerrilhas; Viver Bem; Bem Viver
Comentários
Postar um comentário